A anquiloglossia, popularmente conhecida como “língua presa”, é uma condição que afeta entre 4% e 10% dos recém-nascidos no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. 

Essa condição pode interferir significativamente na amamentação e no desenvolvimento oral dos bebês. Em artigo publicado no blog de Mariana Kotscho, a fonoaudióloga especialista em amamentação e desenvolvimento infantil, Dra. Flávia Puccini, compartilhou orientações valiosas sobre como lidar com a língua presa em bebês.

Importância do diagnóstico precoce

A detecção antecipada da anquiloglossia é fundamental para evitar complicações futuras. No Brasil, o “Teste da Linguinha” é obrigatório em maternidades públicas e privadas, sendo realizado nas primeiras horas de vida do recém-nascido. 

Esse exame permite identificar casos que possam necessitar de intervenção precoce, para evitar um desmame precoce e promover um desenvolvimento saudável para o bebê.

Dicas para cuidar da língua presa em bebês

Confira algumas dicas do que fazer com língua presa em bebês:

Buscar Atendimento Humanizado

A decisão sobre o tratamento da língua presa requer cuidado e confiança. A Dra. Flávia Puccini enfatiza que o ambiente hospitalar nem sempre é o mais adequado para procedimentos como a frenotomia (corte do frênulo lingual). 

É importante escolher um profissional capacitado que adote uma abordagem humanizada, priorizando a segurança e o conforto do bebê.

Amamentação como aliada

A anquiloglossia pode afetar diretamente a sucção do bebê durante a amamentação. Dados do Ministério da Saúde indicam que até 16% das mães brasileiras enfrentam dificuldades para amamentar devido a problemas como a língua presa. 

A Dra. Flávia Puccini recomenda persistir na amamentação com orientação profissional para prevenir complicações como baixa ingestão calórica e desidratação.

Fonoaudiologia com ênfase em terapia manual orofacial pré e pós-cirúrgica

A terapia fonoaudiológica é uma aliada poderosa no preparo do bebê antes da frenotomia e na recuperação pós-cirúrgica. A liberação de tensões orais e corporais antes do procedimento reduz o desconforto e melhora os resultados. 

Após a cirurgia, a continuidade da terapia é igualmente importante para garantir o funcionamento correto da musculatura oral.

Atenção aos sinais do bebê

Observar o comportamento do bebê é um alerta para identificar a necessidade de intervenção. Sinais como dificuldade na pega, sucção fraca, irritabilidade e ganho insuficiente de peso podem indicar a presença de língua presa.

Acompanhamento multidisciplinar

O tratamento da anquiloglossia vai além do procedimento cirurgico. O suporte de profissionais como fonoaudiólogos e fisioterapeutas é fundamental para assegurar que o bebê tenha um bom desenvolvimento e sem complicações.

A anquiloglossia pode gerar ansiedade em muitas mães, mas a informação correta é o principal remédio. Participar de consultas regulares e buscar orientação com especialistas qualificados são passos fundamentais para lidar com a situação.

A Dra. Flávia Puccini reforça que cada bebê é único e que o tratamento deve respeitar as necessidades individuais. Aliar o instinto materno ao suporte profissional é o caminho para superar os desafios da língua presa e garantir o bem-estar dos pequenos.

Para mais informações e orientações detalhadas, entre em contato!

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